O Ensaio sobre "O Ensaio" Sobre o Papel ...

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Voltamos a trabalhar na peça de Teatro-Fórum . "O Ensaio sobre o Papel". Neste caso, as aparencias não enganam. O Nome da peça tem uma forte influência brechtiana.



" O ensaio sobre o papel", é uma peça de teatro-Fórum, com um "Jeitão" de Peça didática de B. Brecht e no teatro de Brecht vale o enunciado, de inspiração gramsciana, Edmundo Dias – intelectual orgânico da classe trabalhadora brasileira – tanto gosta de usar (quando em audiências operárias): ensinar como quem faz política, fazer política como quem ensina. A peça-didática seria, enfim, um exercício de dialética.


Este Diálogo entre Brecht e Boal faz parte de nossa pesquisa. Utilizamos uma fábula para fazer refletir sobre a Exploração do trabalho, transformação do Homem em Mercadoria. Uma tema dificil, geral, Universal...e não menos urgente e não menos imediato. Fazer refletir....pensar, repensar....solidariedade,organização, impossibilidades.... Na Mostra, Mostraremos Nosso Processo....

Há uma função social para a arte – que não apenas a de mercadoria e entretenimento – sobretudo enquanto instrumento de formação humanística e crítica.


"A indiferença é o peso morto da história. É o grilhão de chumbo [T.: “palla di piombo”] para o inovador, é a matéria inerte em que se afogam amiúde os mais esplendorosos entusiasmos, é o fosso que circunda a velha cidade e a defende melhor do que as mais sólidas muralhas, melhor que o peito dos seus guerreiros; porque engole em seus pântanos lamacentos os seus assaltantes, os dizima e desencoraja e, às vezes, faz com que desistam da ação heróica. (...) A maioria ... [Os Indiferentes], ao contrário, diante de acontecimentos consumados, prefere falar de falhas ideais, de programas definitivamente esmagados e de outras fanfarronices semelhantes. Recomeçam assim o seu absenteísmo de qualquer compromisso. E já não por não verem claramente as coisas e, por vezes, não serem capazes de divisar belíssimas soluções para os problemas mais urgentes, ou para aqueles que – embora requerendo uma [mais] ampla preparação e tempo – são todavia tão urgentes quanto. Mas essas soluções são belissimamente inférteis; mas essa contribuição à vida coletiva não é animada por qualquer luz moral: é produto de curiosidade intelectual, e não do senso pungente de um compromisso histórico que quer a todos ativos na vida, que não admite desconhecimentos e indiferenças de nenhuma espécie.” (Gramsci, 1917,)

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