Com a caneta na mente e os botões na mão...

quinta-feira, 30 de outubro de 2008


É pessoal, hoje eu acordei com uma coceirinha nos dedos...^^
Ontem estava remexendo em alguns dos tantos papéis que eu guardo, achei uma prova de filosofia que fiz no terceiro ano do colégio, um pouco antes de conhecer o teatro do oprimido. Algumas das reflexões que tive através da aula daquele professor, influenciaram sim na minha imediata simpatia com o Teatro do Oprimido. Nesta prova estávamos discutindo sobre a Estética do Mc Donald' s, como esse "restaurante" utiliza-se dos meios de comunicação de massa para reificar seus interesses. É uma discussão que, ao meu ver, é atualíssima e que não cabe somente a esfera cinematográfica(foco do texto), mas também teatral. Claro que o texto está confuso, que eu não sou especialista, mas alguns vão "se ligar".
Enfim, resolvi transcrever o texto do jeitinho que está. Lá vai...

Prova de Filosofia 26/06/2006

Estética e Mc Donald's.


Segundo Adorno, Indústria Cultural é hoje um assunto muito polêmico, pois utiliza das massas para se tornar cultura, mas não uma cultura espontânea e sim uma concepção do mundo de forma maquinada, pré-estabelecida.
Muitas das coisas que conhecemos hoje é fruto da estética, que seria obter por meio da Mass Média prazer em estar consumindo algo, só porque está na moda ou é caro. O Mc Donald's é um exemplo claro disso, utiliza a mass média para se tornar necessidade na vida das pessoas, que por sua vez, achando-se autênticas, pensam que podem escolher o que comer ou o que tomar, quando na verdade são induzidas a ter necessidades supérfluas.
Superficialidade é a palavra exata para a massa hoje em dia. Não percebemos que somos constantemente testados e que não somos nós quem determina nossas vontades. Somos o objeto do Capitalismo e da Globalização, não temos a iniciativa de criar sem copiar tendências. Do ponto de vista do senso comum, as váriasfases que a cultura enfrenta é pura e simplesmente do talento do artista, que também é usado. Se determinado artista fica famoso é utilizado como objeto até que o povo se canse de tanto vê-lo, assim como eles fazem as pessoas famosas, nós determinamos o tempo de ascensão de um estilo.
A arte como conhecemos é um simples modo de transformação social, não mais um trabalho tranformador. Com a globalização querem tornar tudo igual, o prazer de criar algo único, para o autor, não existe mais, a arte virou uma brincadeira que manipula o público. O que Adorno questiona é se temos consciência, visão crítica do que está acontecendo, dessas mudanças. Será que temos realmente a necessidade de sempre estar nos "tranformando"? Até que ponto as massas consumidoras buscam transformações sociais?
A idéia que Adorno passa é que devemos escolher guiados pela razão o que torna necessário mudar ou consumir. Perceber que a Indústria Cultural é quem cria nossos desejos, pensando em seus objetivos comerciais, fazendo com que sempre busquemos a satisfação que nunca acontece.
Para Walter Benjamin o cinema é como se fosse uma arma psicológica e que é um dos fatores que determina a Cultura Popular. Por meio dele é possível fazer da guerra, um acontecimento superável, pintar de qualquer nação uma imagem boa ou ruim, como aconteceu com os judeus, usaram da mídia para fazer da guerra uma ação necessária para extermínio dos judeus, que ficaram como causa da discórdia. A auto-alienação da humanidade nos leva a aceitar a desgraça. Assim o que seria refúgio para sair do cotidiano, ou seja, lazer, torna-se um lazer mecanizado, causando divertimento através da mesma lógica do trabalho.
Tudo isso leva a mais críticas, que teriam por objetivo tirar de tudo isso uma razão emancipatória, que é o caso de Jüngen Habermas que acredita fielmente no agir comunicativo, que segundo ele se desenvolvido na razão, torna-se uma maneira competente de resolução de problemas.
Agir comunicativo seria a busca do reconhecimento intersubjetivo, ou seja, por meio de algo comum entre dois indivíduos é possível um entendimento. Ele define a Indúdtria Cultural como um agir estratégico, que faz com que um indivíduo manipule o outro para atingir fins que ele mesmo definiu anteriormente.
Para Habermas as discussões racionais é que levará o mundo emancipado à ascensão, onde o mundo vivido será supremo, significando a resolução dos conflitos humanos.


Só para constar, minha nota foi integral nesse prova, o professor falou que estava 'Muito Bom!!', mas isso não importa agora, importou para mim porque eu passei de ano...srsrrsrs...
O caso é que tem "restaurante" querendo servir "almoço" para nós, dessa "comida" eu não preciso. Quais são as transformações que queremos com da arte? A uniformidade mecânica, a fórmula pronta existe, mas necessitamos dela? E para quê? Com diz meu professor de Sociologia Zé Flávio....são perguntas...questinamentos...dúvidas...abstrações....

Réplicas?...



Débora Oliveira.
FTO-londrina.
30/10/2008

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