Um tapa na cara...

quinta-feira, 4 de setembro de 2008



O Grupo EncenAção realizou na Uel, na ocasião da "Semana da Educação", uma apresentação de um espetáculo de Teatro-Fórum chamado "com que ônibus eu vou...?". O espetáculo, causou um "certo mal estar", por que - sendo curto e grosso - os opressores que estavam sendo representados no palco, estavam de fato, na platéia. Chegaram, até mesmo...muito delicadamente, é claro, pedir ao Curinga que não realizasse a parte fórum do espetáculo. è claro que o Curinga - também, e igualmente delicado...ignorou esse "pedido" e realizou o Fórum assim mesmo.


Considero importante, neste momento, reflitir sobre uma questão : a realização do espetáculo de TF, neste espaço formal, ou seja, na "Semana de educação" - configurando-a como forma de intervenção social do tipo sócio-politico-educativa ( Já que tanto oprimidos como os opressores estavam ali presentes).


Na intervenção social do tipo sócio político educativa, as ações devem possuir propostas organizadas, um comportamento ético por parte do interventor social e uma capacidade técnica
expressada na potencialidade ou intensidade para intervir efetivamente na sociedade. Sendo estes elementos fundamentais a uma intervenção social. A intervenção social no processo educativo ou uma ação educativa, como proposta de intervenção, pressupõe uma ação intencional sobre os indivíduos, grupos ou comunidades, com a finalidade de gerar mudanças e melhorias. Estas mudanças deverão ser analisadas e avaliadas de maneira estruturada e de uma forma constante, devendo ser previamente definidos os procedimentos de avaliação. A intervenção educativa deve, incorporar princípios flexíveis capazes de contemplar as particularidades pessoais e culturais, escolares e sociais, tendo como alvo os processos de desenvolvimento, personalização, socialização, humanização e libertação. Tratando-se, de uma prática essencialmente pedagógica que ganha significado pela sua conotação política.


A intervenção constitui-se em um espaço, um momento artificialmente construído, realizado por um sujeito, que intervém legitimado pelo direito de intervenção, a partir de um status legalmente constituído, com uma demanda de necessidade para que ocorra. Esta demanda está relacionada aos sujeitos do processo da intervenção e da visão de problema social que a sociedade possui. Possibilita identificar, construir ou reconstruir laços de significação de diferentes grupos sociais, através da elaboração de estratégias que formule, e encontre uma possibilidade de redução dos conflitos, eliminando os discursos estigmatizantes que excluem, diminuindo desta forma o sofrimento daqueles que são afetados por estes tipos de discursos.


(continuo...)

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